Esquadrões › 1º Esquadrão do 4º Grupo de Aviação virtual

O Primeiro Esquadrão do Quarto Grupo de Aviação (1º/4º GAv), Esquadrão Pacau, foi criado na Base Aérea de Fortaleza, Ceará, no dia 24 de março de 1947, pelo Decreto nº 22.802 e organizado pelo Aviso Reservado nº 14, de 29 de julho do mesmo ano, sendo equipado inicialmente com aeronaves Lockheed A-28 Hudson e North American B-25J Mitchell.

Suas atribuições iniciais eram a realização de missões de bombardeio leve, bem como a formação dos pilotos de bombardeio para a Força Aérea Brasileira.

Em princípios de 1951, os A-28 Hudson foram desativados, permanecendo a Unidade dotada somente com os North American B-25J Mitchell, que foram transferidos em novembro de 1956 para o 2º/5º GAv de Natal, que que por sua vez cedeu os caças Republic F-47 Thunderbolt para equipar o Esquadrão Pacau. Assim, o 1º/4º GAv passou a ser uma Unidade de Treinamento de Caça. No ano seguinte, em decorrência de problemas de suprimento e manutenção, os P-47 Thunderbolt foram substituídos, provisoriamente, pelos North American T-6 Texan na instrução de vôo dos aspirantes.

Em 10 de dezembro de 1956 foram incorporados os primeiros jatos Lockheed T-33A T-Bird, que foram transladados em vôo por pilotos americanos do 102º Training Mobile Detachment, que já no dia seguinte, iniciavam a instrução de pilotos brasileiros no novo aparelho. Com a inesperada desativação dos F-47 em 1957, à partir de 1958 os aspirantes começaram a receber a instrução de vôo básica em aeronaves a jato no 1º/4º GAv, inicialmente com os T-33A.

Continuando a sistemática de transformações do 1º/4º GAv, em 17 de maio de 1958 começaram a chegar os jatos Lockheed F-80C Shooting Star, que operaram juntamente com os T-33 até 1967, ocasião que foram desativados, permanecendo somente o F-80C matriculado FAB 4200, que foi pintado todo de branco, com aplicações em vermelho e azul, além das marcas do comandante do 1º/4º GAv, ficando conhecido como “Coringa”. Esse avião operou até 1973, quando se acidentou, com perda total, ao ser trasladado para o Museu Aeroespacial.

Os T-33 operaram no Esquadrão até 1973, quando foram substituídos pelos jatos Embraer AT-26  Xavante projetados pela empresa italiana Aermacchi e fabricados sob licença no Brasil pela Embraer. Mesmo com a sucessiva mudança de aeronaves, o Esquadrão Pacau sempre se dedicou à formação de pilotos de caça e de líderes para a Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira, com profissionalismo e dedicação que lhe valeu o título de “A Sorbonne da Caça”.

Em 9 de janeiro de 2002, o 1º/4º GAv foi transferido para a Base Aérea de Natal, RN, com o objetivo de concentrar em um único local toda a frota de aeronaves AT-26 Xavante, otimizando, assim, a sua operação e os procedimentos de manutenção. Já em 2003, o Esquadrão Pacau atingiu a significativa marca de 250.000 horas de vôo, consagrando-se como o Esquadrão de Caça mais voado da Força Aérea Brasileira.

Em fins de 2005, a Força Aérea Brasileira comprou um lote de aeronaves Impala nas versões Mk.1 e Mk.2 desativadas pela Força Aérea da África do Sul, com o objetivo de serem utilizadas como fontes de peças para os Xavantes. Algumas dessas aeronaves, fabricadas na África do Sul pela Atlas sob licença da Aermacchi, se encontravam em excelente estado, por isso a FAB optou por incorporar uma parte delas ao Esquadrão Pacau com a designação AT-26A, sendo 10 monoplaces e 2 biplaces.

As quatro Esquadrilhas do 1º/4º GAv são identificadas pelos naipes de cartas de baralho (Paus, Espadas, Copas e Ouros), pintados no estabilizador de seus aviões sobre uma faixa branca. A aeronave do comandante do Esquadrão é o Coringa, tendo o distintivo de trunfos pintado no mesmo local dos naipes na fuselagem do aparelho.

A sua heráldica, que teve início com o emblema do “Balança, mas não cai!”, passando, a seguir, para o emblema da “Tartaruga Guerreira”, adotou, a partir de 1958, o seu atual emblema, que é o cão Bulldog “Tetéu”, que representa o instrutor, que alerta aos seus alunos: “Tô lhe Manjando!”.

Em dezembro de 2010 o esquadrão sofre nova mudança de local, seguindo o plano estratégico para proteção e defesa tracado pelo comando da Aeronáutica, o esquadrão deixa Natal e passa a operar na Base Aérea de Manaus , formando assim a  primeira linha na defesa da região Norte do país.

Outra mudança ocorrida no esquadrão foram a aposentadoria e desativação dos AT-26 Xavante após muitos anos de excelentes serviços prestados por estes aparelhos, o esquadrão conta agora inicialmente com 6 unidades dos caças F-5EM Modernizados para defesa do Norte do país.

Seu lema entretanto não mudou e continua sendo “Não espere nada cair do céu – Derrube você mesmo!”

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