Esquadrões › 2º Esquadrão do 5º Grupo de Aviação virtual

O Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação – 2º/5º GAv, Esquadrão Joker, foi previsto pelo Aviso nº 39, de 16 de dezembro de 1947, na cidade de Parnamirim, próxima a Natal, no Rio Grande do Norte, com a incumbência de realizar a formação dos pilotos de bombardeio da FAB.

Em decorrência de restrições operacionais, a unidade somente foi ativada em 17 de setembro de 1953 pela Portaria nº R-38, tendo designado como seu material aéreo os aviões Republic F-47 Thunderbolt, incorporados em 6 de novembro do mesmo ano, sendo transferidos do 3º/1º Grupo de Aviação de Caça (3º/1º GpAvCa), conhecido como Estágio de Seleção de Pilotos de Caça (ESPC), estabelecido na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Com os F-47, o 2º/5º GAv adotou o código rádio “Pacau”, bem como o emblema do ESPC, que marcaram a mudança de suas atribuições para a formação de pilotos de caça. Essa nova missão estendeu-se até o final de 1956, ocasião que os F-47 foram transferidos para o 1º/4º GAv, que, por sua vez, destinou os seus bombardeiros North American B-25J Mitchell para o 2º/5º GAv. O código-rádio “Pacau” também acompanhou os Thunderbolts e a Unidade voltou a ter a missão de formar pilotos de bombardeio, adotando o emblema “É Peia”.

A operação dos B-25J Mitchell na Unidade foi efêmera, pois já em 1958 foram incorporados os Douglas B-26B/C Invader, que foram empregados até o ano de 1961 na mesma missão, ou seja, formar equipagens de bombardeio para a FAB. Em decorrência de problemas de suprimento e manutenção, os Douglas B-26 Invader tiveram que ser substituídos em 1962 pelos jatos Morane Saulnier MS.760 Paris, retornando à Unidade em 1963, quando, por problemas operacionais, encerraram a sua participação na dotação do 2º/5º GAv.

Durante o ano de 1964, o Esquadrão foi dotado com os North American T-6G Texan, que operaram na Unidade até a chegada dos novos bimotores Beechcraft TC-45T, chamados carinhosamente de “Muriçocas”, que mudariam novamente a missão do Esquadrão, que passou a ministrar instrução de vôo em aeronaves bimotoras. Nesse ano também foi modificado o emblema da Unidade que substituiu a onça sobre a bomba por uma cabeça de onça ladeada por duas bombas, permanecendo, contudo o nome “É Peia”.

O 2º/5º GAv operou até 24 de fevereiro de 1970, quando foi desativado pela Portaria nº 017/GM7, em conseqüência da criação do Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM) na Base Aérea de Natal, sendo os seus aviões TC-45T destinados para os diversos Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA), que foram criados em 1969.

Tendo em vista as modificações ocorridas na estrutura do Centro de Aplicações Táticas e Recompletamento de Equipagens (CATRE), que desativou o seu Grupo de Instrução Aérea (GIA), em 20 de outubro de 1980, pela Portaria nº 310/GM3, o 5º Grupo de Aviação é reativado, com os seus dois Esquadrões, a partir de 01 de janeiro de 1981, sendo o 2º/5º GAv dotado com o efetivo do então 1º Esquadrão de Instrução Aérea (1º EIA), conhecido como Esquadrão Joker, que tinha a missão de ministrar a instrução básica de pilotos de jato, empregando os aviões Embraer AT-26 Xavante.

O 2º/5º GAv operou com os AT-26 Xavante até 1º de dezembro de 2004, com o qual voou cerca de 250.000 horas e formou cerca de 700 pilotos de combate, ocasião que essas valorosas aeronaves foram substituídas pelos novos Embraer A-29A/B Super Tucano, que começaram a operar na FAB pelo Esquadrão Joker. A Unidade, além de formar os novos pilotos de caça, também terá a incumbência de irradiar a doutrina e a experiência de operação e da implantação desse novo e moderno aparelho para as Unidades do 3º Grupo de Aviação. Os Xavantes desativados foram transferidos para o 1º/4º GAv, também baseado em Natal.

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